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Ajuste fiscal às custas da saúde dos trabalhadores

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Entenda como a governadora Yeda conseguiu o seu propalado “déficit zero” e como funciona o seu choque de gestão tucano nas contas da saúde pública do Rio Grande do Sul
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O Ministério da Saúde DEVERIA advertir: Yeda faz mal à saúde do Rio Grande do Sul

A Carta Capital desta semana traz uma matéria, “Remédios por juros“, do Leandro Fortes sobre mais um crime cometido contra a saúde pública neste país. Três dos estados mais ricos da federação – Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais, coincidentemente administrados pelo PSDB – usaram recursos do SUS para fazer ajuste fiscal, aplicando no mercado financeiro. Isso vem sendo feito ao longo dos últimos quatro anos pelos governos do RS, SP e MG e incluindo também o Distrito Federal, administrado pelo DEM em parceria com o PSDB.

O mais novo escândalo da saúde no país foi revelado através de uma fiscalização do Departamento Nacional de Auditorias do Sistema Único de Saúde (Denasus), órgão de terceiro escalão do Ministério da Saúde. O resultado das auditorias foi entregue ao ministro José Gomes Temporão (PMDB) no dia 10 de janeiro deste ano.

Os dados sobre o Rio Grande do Sul na matéria são escandalosos e revelam que os setores mais sucateados foram vigilância sanitária e vigilância epidemiológica. Ou seja, as epidemias de gripe A e a mais recente de dengue, que o RS ainda vai enfrentar as consequências, são resultado direto do tal choque de gestão tucano.

Mas é bom lembrar que o secretário de Saúde de Yeda, Osmar Terra, é do mesmo partido do ministro Temporão, o PMDB – principal partido da base de sustentação do governo Lula e principal aliado na candidatura da ministra Dilma Roussef (PT) à presidência.

Desculpem-me, mas não tenho esperança alguma de ver qualquer punição ou reprimenda aos estados que fraudaram as contas do SUS, principalmente aqui no RS. Ganhe Dilma Roussef ou José Serra, Tarso Genro ou José Fogaça, ficará tudo por isso mesmo em nome da macropolítica. Afinal, SUS, saúde pública, a saúde e a vida dos trabalhadores, tudo isso são meros detalhes no jogo político eleitoral, sempre maior e mais importante. Não é, não?

Falando em saúde, vou começar a estocar antiácido em casa. Só leite gelado não dará conta do meu estômago neste ano eleitoreiro.


Obscenidades da imprensa gaúcha com a governadora Yeda, num verão quente e ‘apagado’

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No início de novembro passado, uma parte considerável do país viveu algumas horas de blackout por conta de uma tempestade em redes de transmissão. Virou a pauta do mês para a imprensa nacional e gaúcha, mesmo que aqui no Rio Grande do Sul o “apagão” tenha sido por apenas duas horas na cidades mais atingidas da grande Porto Alegre. Era um desfile de técnicos e especialistas em energia toda a hora dando entrevista na tevê que chegou a cansar. Nunca vi pipocar tantos “intindidos” num mesmo assunto ao mesmo tempo. Uma “obra”!

A imprensa não poupou o governo federal. Chegou a responsabilizar diretamente o presidente Lula e a ministra Dilma Roussef e anunciavam uma crise energética no país. No final das contas, o blackout era só um blackout mesmo – um problema momentâneo causado por eventos naturais.

Aí, chegou o verão nessas bandas do sul e o consumo de energia foi aumentando proporcionalmente à temperatura. Tudo normal até essa semana, quando o calor foi acima da média e a temperatura máxima permaneceu por volta de 40º C por vários dias. Mas em todos os verões lembro de ver registros de 40º C em Campo Bom, na grande Porto Alegre. E na capital é comum a sensação térmica passar dos 40.

Acontece que com uma semana de temperaturas máximas em média 4º ou 5º acima do normal, a CEEE e suas distribuidoras estão impondo um racionamento indiscriminado de energia em determinadas regiões do estado. Chuvas e tempestades são inesperadas, mas calor no verão todo mundo sabe que faz. Ou não? Mas pelo visto, apenas a CEEE não foi informada sobre o avanço do calendário e que já estamos no verão. E cadê a imprensa e seus técnicos e especialistas em energia? Cadê a imprensa “fritando” a governadora Yeda por conta do desabastecimento de energia? Cadê a imprensa cobrando que o governo do RS faça valer sua autoridade no setor? Onde estão os moradores com prejuízos enormes contando suas histórias tristes para comoção do senso comum?

Chegamos a um absurdo tal nessa relação obscena entre Yeda e a grande imprensa, que sobrou até para o cineasta Jorge Furtado escrever sua indignação (“O apagão de Yeda“) sobre o caso no portal do Luis Nassif.

Há algum tempo escrevi um artigo sobre essa blindagem teflon de Yeda feita pela imprensa gaúcha. Alguns me criticaram dizendo que essa blindagem era inútil, afinal seu governo é o mais mal avaliado do país. Inútil? Yeda, provavelmente terá a cara de pau de se candidatar a reeleição, e perderá feio. Mas o PMDB, que lhe deu sustentação durante todo o seu mandato – sustentação até no abafamento dos escândalos de corrupção – tem fortes chances na pessoa de José Fogaça, atual prefeito de Porto Alegre, também envolvido em escândalos de corrupção e também blindado pela imprensa gaúcha. E o senador Pedro Simon, paladino da ética e da moral lá no Senado, aqui nessas bandas se esquiva de se pronunciar sobre o governo corrupto que apóia. E alguém o critica por isso? Sim, mas – salvo raras exceções – ninguém por essas bandas.

Resumindo: Dois pesos e duas medidas, mais do mesmo, eleição com cartas marcadas, imprensa se fingindo de imparcial para impor seu candidato… Tudo como dantes no quartel de Abrantes!

Só muitos chavões clichês para dar conta de tanto clichê chavão da política gaúcha. Afffff… Tem que ter estômago muito forte para suportar tantos engulhos e tanta p******!


Yeda rejeita TV Brasil de graça e paga para ter Cultura

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Governadora tucana do Rio Grande do Sul renova o contrato com emissora do governo paulista. Rede de TV gaúcha perderá ao menos R$ 500 mil anuais em produção de programas; emissora diz que está “bem servida” pela parceria com São Paulo
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Ana Flor
Folha de São Paulo
(Porto Alegre)
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Serra e Yeda: acordo tucano

O governo gaúcho, da tucana Yeda Crusius, rejeitou uma proposta para que a TV educativa local, a TVE, retransmita a TV Brasil, do governo federal, para renovar contrato em que passará a pagar para veicular programas da TV Cultura -emissora ligada ao governo tucano de São Paulo.

Abrir mão da parceria com a TV Brasil significará para a TVE a perda de pelo menos R$ 500 mil em produção de programas ao ano, além de investimentos para migração para o sistema digital.

A emissora gaúcha fica ainda obrigada a mudar de sede, já que o prédio que ocupa há 30 anos e que pertencia ao INSS foi comprado pela EBC (Empresa Brasil de Comunicação), responsável pela TV Brasil.

A presidência da TVE afirma que não há necessidade de acordo com a TV do governo federal, porque “está muito bem servida” pela parceria com a TV Cultura. Mas, como a emissora de São Paulo decidiu cobrar pela retransmissão, a TVE passará a desembolsar em torno de R$ 20 mil ao mês.

“Nosso momento atual é investir em programação local. Queremos reorganizar uma fundação que busca desesperadamente sua autossustentação”, afirmou o presidente, Ricardo Azeredo.

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