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A esperança colore o céu de Gaza

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Seis mil pipas palestinas no ar, numa praia em Gaza, furam o bloqueio israelense com seus sonhos e cores
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Mais de 6,2 mil crianças na Faixa de Gaza tentaram bater seu próprio recorde mundial de maior número de pipas empinadas ao mesmo tempo. Elas integram um programa organizado pela agência da ONU de ajuda aos refugiados palestinos, a UNRWA, e se reuniram na quinta-feira (29) em uma praia para soltar uma pipa cada. Segundo o diretor da UNRWA, John Ging, o evento levantou o astral de toda a população de Gaza.
O recorde ainda está por ser confirmado pelo Guinness World Records, que não pode enviar nenhum representante do órgão ao evento por causa do bloqueio militar à região. O programa Summer Games, da UNRWA, acontece por seis semanas durante o verão, em 150 locais na Faixa de Gaza.
O povo palestino não se entrega à opressão. Eles resistem brava e ludicamente ao terror imposto pelo estado de Israel e são capazes de produzir cenas comoventes como essa, colorindo o seu de Gaza com os sonhos e cores de suas crianças.
Em dias como esse, acredito que conseguirei ver a Palestina Livre.

(fonte BBC Brasil)
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Nota: Infelizmente, logo após esse belo espetáculo a aviação israelense começou a bombardear novamente a Faixa de Gaza. Já estamos no segundo dia consecutivo de bombardeio, 01/08, e sem previsão de trégua.  😦
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Quando a imagem dispensa palavras para traduzi-la

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Os algozes humanitários

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A ajuda humanitária nestes dias de inferno pós-terremoto não pode ser uma mera musculação de consciência daqueles que doam um quilo de arroz e dormem tranquilos
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Elaine Tavares
Brasil de Fato
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A gente do Haiti é gente de muito valor. Foi o único país, no mundo, em que os escravos fizeram uma revolução contra seus senhores e venceram. Foi em 1791, logo depois da revolução francesa. A ilha caribenha ferveu em desejos de liberdade e o povo armado – mais de 500 mil negros num espaço onde viviam apenas 32 mil brancos – botou os colonizadores franceses para correr. Toussaint de Loverture, Dessalines, Alexandre Pétion. Gigantes da luta de libertação que, com suas idas e vindas, erros e acertos, fizeram do Haiti, com a força das gentes, uma nação livre, digna, soberana. Primeiro país abaixo do Rio Bravo a se fazer independente em 1801. Petión acolheu Bolívar e foi o responsável pela virada na cabeça do libertador. Deu a ele guarida, ajuda e só pediu em troca que ele libertasse os escravos da América do Sul. Bolívar mudou.

Mais tarde, as lutas intestinas revolveram o país e várias lideranças passaram pelo poder, até que no início do século XX o mal fadado vizinho do norte, os Estados Unidos, decidiu intervir no país para cobrar dívidas, uma história muito conhecida pelos países latino-americanos. Desde aí, o povo do Haiti sofreu fortes reveses, culminando com a dinastia Duvalier, sanguinária ditadura de pai e filho, que perdurou de 1957 até 1986. Regime de terror, tortura e perseguições, enfrentado com valentia pela população, que pagou caro por isso.

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