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União homoafetiva é legal!

Aceitar é opção, respeitar é obrigação!.

Hoje é um dia histórico para o Brasil. O Supremo Tribunal Federal, sempre tão retrógrado e direitista, nos leva finalmente ao século 21. Reconhecer a união homoafetiva estável é uma imensa conquista da cidadania brasileira e um passo concreto para a criminalização da homofobia. Veja os direitos que os homossexuais adquirem a partir de hoje com a decisão.
O STF foi unânime e os ministros foram, um a um e cada um à sua maneira, dizendo sim a união homoafetiva e ao direito de cidadania plena de milhões de homossexuais até então marginalizados por seus afetos e escolhas. Este sopro de tolerância e amor da suprema corte brasileira é um alento e uma esperança de termos finalmente um Estado laico, livre da influência preconceituosa das igrejas e do pensamento tacanho que associa homossexualidade à promiscuidade.
Enfim, poderia citar todos os maus exemplos de homofobia que tanto me entristecem, envergonham e me fazem sentir menos humana e cidadã. Mas hoje é dia de alegria e de comemorar esse imenso passo, mesmo sabendo que essa decisão não nos livra do preconceito. Mas nós certamente sobreviveremos e como bem disse Eduardo Guimarães, “hoje o mundo ficou um pouco melhor”.
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Bem-vindo, século 21!

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Liberdade no mundo retrocedeu em 2009

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Adital
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O ano de 2009 foi marcado pelo retrocesso da liberdade no mundo. Isso é o que afirma o Relatório 2010 “Liberdade no Mundo”, produzido pela organização Freedom House. Episódios como o golpe de Estado em Honduras e o massacre de civis e jornalistas nas Filipinas contribuíram para a queda nos níveis de liberdade.

De acordo com o Relatório, o ano de 2009 registrou um aumento da repressão contra defensores e ativistas de direitos. As liberdades de expressão e de associação também foram alvos de ataques, com perseguição crescente a jornalistas, meios de comunicação alternativa e pessoas comprometidas com os direitos humanos e as reformas políticas.

A organização Freedom in the World mede, desde 1972, a capacidade das pessoas de exerceram seus direitos civis e políticos em 194 países e 14 territórios do mundo. As nações são classificadas em: “Livre”, “Parcialmente Livre”, e “Não Livre”.

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Liberdade de expressão e os Y’s cubanos

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Ultimamente o tema liberdade de expressão tem estado presente de diversas formas e em diversos momentos, sempre acompanhado da intolerância quase como o feijão está para o arroz.

Em qualquer discussão onde se invoque o direito à livre expressão, há sempre o contra-argumento implícito, nas entrelinhas, sobre a qualidade, teor do que será expressado. Ou seja, dependendo do que se tem a dizer, pode ou não ter o direito de manifestar-se. Parece absurdo, mas é mais comum do que eu mesma imaginava e gostaria que fosse.

Não sou sou ingênua a ponto de querer dar voz, pelo menos no meu espaço, para aqueles que já tem mais voz do que a maioria. Isso é uma opção. Ao mesmo tempo, é minha obrigação profissional, mesmo com viés ideológico – e todos nós temos esse viés, até mesmo os que juram não ter -, de mostrar, no mínimo, dois lados de uma situação. Senão para ser justa – humanamente impossível de conseguir o tempo todo, mesmo sendo vigilante -, mas pelo menos para situar melhor as pessoas que frequentam esse espaço e me dão ouvidos.

Recentemente reproduzi uma reportagem da BBC Brasil sobre a blogueira cubana Yoani Sánchez, quando da entrevista concedida a ela por Barak Obama. Ao final comentei que no Twitter seguia a ela, Yoani, e também a Yohandry Fontana, jornalista e médico cubano defensor da revolução.

Como o debate entre os Y’s é realmente interessante, ocorreu-me a ideia de entrevistá-los sobre a atual situação de Cuba, suas visões políticas e os rumos futuros da ilha – mais ou menos como a própria Yoani fez quando  mandou sete perguntas iguais a Obama e a Raúl Castro. Yohandry Fontana já aceitou responder minhas perguntas e continuo aguardando a resposta de Yoani Sánchez.

Como prévia à entrevista que pretendo fazer em breve com os Y’s cubanos deixo dois artigos. Um de Frei Betto, evidenciando o que ele chama de contradições de Yoani, e outro de Leandro Beguoci, publicado no site de Marcos Rolim, evidenciando por sua vez as contradições de Frei Betto a respeito da blogueira cubana. Os dois textos, muito bem escritos, expressam claramente as duas vertentes da blogosfera sobre Cuba, Yoani e essa tal liberdade de expressão.

Boa leitura e aguardem as entrevistas.

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Frei Betto, Yoani Sánchez e o Copyright, por Leandro Beguoci (site de Marcos Rolim)
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