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Do ciúme e da nossa igualdade
Alguns sentimentos são capazes de nos trazer a humanidade e à humanidade.
Temos a ilusão quase o tempo todo de que somos seres especiais, diferenciados dos demais, destacados na multidão. Desejamos ser para algumas pessoas seres especiais, pelo menos durante algum tempo.
Eis que em algumas ocasiões ele aparece. Esse sentimento odioso e desprezível, que nos coloca no mesmo patamar de todos os outros humanos. Hoje não sou nada mais, nada além, do que qualquer outra mulher que se sente preterida, deixada de lado por outra mulher ou por outra coisa no momento mais interessante.
Costumo dizer que não sou ciumenta e é verdade. Quase sempre segura de mim e da importância que tenho para as pessoas de quem gosto, permaneço imune à coisas que fariam qualquer outra mulher enlouquecer. Mas tem pessoas que aparecem na vida para jogar toda essa segurança e autoconfiança por terra. Algumas dessas pessoas tem a mania, vivem com a disposição de provar que a tal mulher independente, dona de si e segura do terceiro milênio não passa de um mito.
Calma aí, rapazes! O ciúme em mim é tão passageiro quanto o complexo de cinderela ou o bom humor pela manhã.
Fui ali cuidar do que é importante na vida. Outra hora lembro – ou alguém me lembra – de ser humana e “mulherzinha” de novo.
Pronto. Desabafei.
Em defesa da justiça, da memória e da verdade

Por entender que os crimes praticados durante a ditadura – como tortura, assassinato e desaparecimentos forçados -, são crimes contra a humanidade e nesta medida não podem ser anistiados, a Associação dos Juízes pela Democracia ingressou no Supremo Tribunal Federal com um apelo para que a Lei da Anistia não seja aplicada aos agentes da repressão, tal como já foi feito em outros países. O STF julgará o apelo que pede a não anistia aos torturadores no próximo dia 28 de abril, quarta-feira, às 14h. O julgamento é público e é o único processo marcado para a data. Compareçam, assistam, se manifestem. Para quem não assinou o manifesto contra a anistia aos torturadores, ainda há tempo.
E segue em curso o manifesto de apoio ao Plano Nacional de Direitos Humanos, o PNDH-3, do governo federal, que entre 521 ações prevê a criação da Comissão da Verdade, onde os crimes cometidos pelo Estado contra os cidadãos que tinham o direito de se organizar e se defender – já que era um regime autoritário de exceção -, serão revelados, jogando luz sobre essa página ainda obscura da nossa história que, mesmo em pleno regime democrático (sic), não faz parte dos currículos escolares. Além de abrir os arquivos, enterrar os corpos dos desaparecidos e punir os torturadores, precisamos conhecer a fundo a nossa história.