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Sedução meia boca para quem gosta

Devassando a Timeline…
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Homens metidos a Don Juan e mulheres metidas a Cleópatra* existem em todos os lugares, inclusive na esquerda e/ou na internet. Sempre convivi em maior ou menor distância com os chamados capas-pretas da esquerda que se utilizavam de sua posição e/ou conhecimento, poder para seduzir militantes (aqui substituindo o termo ‘moçoilas’) desavisadas(os). Acontece com homens e mulheres, mesmo que seja muito mais frequente com os homens pelo modelo patriarcal fortemente arraigado e pelo culto ao tipo “cafajeste” que parece perpassar até as barreiras ideológicas e de gênero. Afinal, concordando ou não, algumas mulheres assumem esse papel meio que em tom de vingança sexista.

Substituí o termo “moçoila” porque somos todos adultos, com mais ou menos experiência. E no mundo atual, com tanta informação pipocando por todos os lados, cair em um determinado tipo de ‘papinho’ de sedução, parece ser mesmo por conveniência ou por vontade própria. Mas diante dos ‘mitos’ da esquerda continuam a suspirar moçoilas e moçoilos desavisados. De novo – não por escolha minha mas pelas circunstâncias – os homens, bonitões com tendência à solteirice (leia-se independência afetiva/emocional) são alvo certo para suspiros e por consequência, se utilizam do vasto campo de ‘oportunidades’ de sedução a sua frente. Alguns, mais honestos, nem gastam muita saliva e deixam bem claro que não vão se comprometer com ninguém, nunca. Outros preferem exercitar seu lado ‘cafa’ e se esmeram em promessas subentendidas e em declarações de afeto – que mais parecem notas de três reais – desnecessárias.

Por que estou falando sobre esse assunto? Não, não me deixei seduzir pelo José Dirceu. Ele nem tentou (rindo muito enquanto escrevo). Meus amigos mais próximos diriam que se ele tentasse me seduzir haveria grande chance dele sair reclamando que foi ‘seduzido e abandonado’.

Mas, canalhices a parte de ambos os lados, essas histórias se repetem todos os dias e eu as tenho visto no tuíter, que além de ser um microblog é também uma rede social de relacionamentos. Alguns profissionais que dão pinta de serem muito sérios – e são mesmo muito sérios e competentes profissionalmente – ao partirem para suas tentativas de seduções, se mostram como cafajestes tradicionais e totalmente pervertidos (pervertidos no sentido de depravação = desvio patológico do comportamento considerado normal, com todas as controvérsias que o assunto suscita). Há alguns que se dizem subversivos ao invés de pervertidos, porque acreditam mesmo estarem subvertendo a ordem natural das coisas. Oi? Bem historinha pra boi dormir ou para derrubar a vaca (desculpem-me a expressão).

Esses ‘don juans’ precisam saber que a internet aproxima as pessoas, de tal forma que aquela conversa de amigas (onde basta uma abrir a boca e contar o grande segredo para todas se darem conta que foram seduzidas pelo mesmo cafajeste e pela mesma história – ipsis litteris) se dá muito mais rápido do que eles imaginam, sem testemunhas (ninguém as vês tomando chá ou indo ao banheiro juntas confabular) e o pior de tudo: todas tem em seus msns, gtalks, skypes, mensagens diretas do tuíter e/ou imeius, os registros das seduções do espertinho (alguns repetem até os erros de português).

Numa dessas confabulações de um grupo de gurias do tuíter hoje a tarde, surgiu a ideia de ‘denunciar’ os nomes (as arrobas) de alguns desses ‘don juans’ fajutos. Mas nem todas queriam se expor ou entregar que caíram de alguma forma no tal papinho infame e barato. Pensei em contar sozinha quem eram, uma vez que jamais me considero vítima de sedução. Anunciei que contaria e criou-se uma baita expectativa sobre quem são as tais ‘arrobas pervertidas’ (apelidei assim), mas não quero criar uma ‘caça às bruxas’. São profissionais até certo ponto sérios e que utilizam as mídias sociais também para divulgar seu trabalho. Então fica o alerta: Você amigo(a) don juan/cleópatra-de-meia-pataca que está aí usando as mídias sociais para seduzir de forma barata e cafajeste suas vítimas, saiba que a internet deixa rastro e as pessoas se esbarram por aqui mais facilmente que na vida real. Entenderam? (Tá.)

Muito bem disse o Marcelo Branco, coordenador da campanha Dilma nas redes virtuais, que a internet potencializa o que as pessoas são na vida real. Um pouco de cautela ao usar a rede não fará mal algum a ninguém. Traduzindo: Menos, pessoal. Menos!

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* mitos masculino e feminino que seduziam, segundo consta, até o ar que os envolvia.