a casa que agora abriga o Parque Jurassí é comprida como um suspiro triste. quando está calor gosto do vento que encana. quando está frio não gosto tanto. mas geralmente fico no mesmo lugar… no meio do caminho, no meio da casa.
foi onde me recuperei do susto de quase sufocar sem conseguir respirar. foi onde sentei durante boa parte do dia hoje. foi onde estava anteontem. e tresontonte… é onde tenho tentado me reorganizar, sem sucesso – óbvio.
poderia dizer que é onde posso controlar os filhotes todos – humano, caninos, felinos; mas é uma escolha que nasce da falta de escolhas. é onde estou também na vida, no meio do caminho. não como opção para escolher voltar ou seguir ou mudar, mas parada no meio da nada, em lugar algum, que leva a lugar nenhum.
diferente de antes que me cobrava o ter, ser, estar; agora já não me cobro nada, só lamento. por mim, pelas pessoas com quem poderia ter contribuído, pelo mundo que poderia ter ajudado a mudar, sei lá… apenas lamento.
e espero, o fim do dia, o começo de outro… “acontecimentos”, como diria Marina. espero.