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Sobre a denúncia de assédio/abuso contra Idelber Avelar

tá todo mundo meio assim com essa história...

tá todo mundo meio assim com essa história…

Está bem difícil ficar nas redes sociais sem se envolver, ler ou pelo menos saber da super-ultra-power-mega-plus-treta que envolve Idelber Avelar e duas mulheres que o acusam de assédio. Sim, é muito ruim chamar uma denúncia séria de assédio de “treta”, porque não é e é preciso tratar com respeito a questão, mas tudo que nas redes sociais ou plataformas digitais (oi, Dri) envolve discussão entre duas ou mais pessoas é chamado de treta, e essa envolve muitas pessoas, em pelo menos três dessas plataformas (twitter, facebook e tumblr) e já chegou à blogosfera (não toooooda a blogosfera, mas uma parte considerável dela, pelo menos a que eu frequento).

Se tu não sabes/entende muito bem o que é assédio e como isso se dá na internet ou ainda como as mulheres se sentem a respeito, passem antes pelo excelente e esclarecedor texto da Jarid Arraes na Revista Fórum que coloca as coisas nos seus devidos lugares. E, sim, considero assédio violência contra a mulher. Existem outros tipos de assédio? Sim, mas é o assédio sexual de mulheres o mais complicado de provar. Primeiro porque nunca basta a palavra da vítima. E em sendo mulher e ocupando a posição de denunciante sua palavra já vem com um descrédito de 70% de fábrica no mínimo.

Já sabendo o que é assédio, que constrange as mulheres, é violência e que não basta sua palavra para denunciar, a vítima precisa reunir *provas*. Nesse caso do Idelber as provas são controversas, porque são prints de conversas privadas. Existe naquilo que se chama netiqueta um acordo tácito de que conversas privadas ficam no privado, em segredo, numa relação de confiança mútua entre as pessoas que conversam. Não é preciso dizer que no privado somos bem menos bonitos e apresentáveis do que somos em público. É assim na vida, é assim na internet. No privado, em casa, a gente peida, enfia o dedo no nariz, tenta tirar aquele fiapo de frango do meio do dente com a unha, anda pelado, grita mesmo quando não é necessário (tem gente que não grita nunca, meu profundo respeito a esses), faz careta, xinga, etc. Isso quer dizer que é onde nos sentimos à vontade, então podemos virar do avesso. Confiamos nas pessoas com quem coabitamos e aturamos suas deselegâncias na mesma medida que elas aturam as nossas. Há um acordo tácito de não sairmos por aí contando as deselegâncias um do outro. Essas coisas não se dizem, não se contam. O que é público está em discussão e julgamento, o que é privado fica lá no privado.

Daí que o feminismo fez a deselegância de tirar várias coisas do privado e trazer para o público. Iam além da deselegância e ultrajavam, violentavam as mulheres (e em muitos casos, as crianças também). E muito do que só era privado e deveria ficar no privado passou a frequentar delegacias, inquéritos, tribunais. O excesso dessas *deselegâncias fora do seu lugar* criou a demanda de serem tipificadas no Código Penal. Algumas já foram. A Lei Maria da Penha é um resumo da demanda de várias deselegâncias do mundo privado que ao ficarem à vista de todos são facilmente tipificadas como crime, mas que por terem ocorrido no privado ficavam impunes. Agora não ficam mais. Basta que a vítima ou alguém próximo tire o que ocorre de violência no privado e traga a público.

Bueno, o chamado *Caso Idelber Avelar* foi não mais do que isso. Duas mulheres se sentiram violentadas no privado da internet e trouxeram a público para que todo mundo visse. Não sem sofrimento, não sem condenação, não sem dedos apontados para elas. Mesmo cientes da condenação imediata decidiram trazer. Se formos nos apegar à letra fria da lei quase nada ou nada do que ocorreu entre essas mulheres e Idelber é possível classificar como crime, mas elas se sentiram violentadas em algum momento na relação com ele. E quem é que mede, que diz se foi violência ou não? A vítima ou o agressor? O público que está fazendo do caso uma monumental treta?, os ditos operadores do direito? Se dependesse do judiciário a Lei Maria da Penha não seria lei e nem o que ocorre no privado dos lares estaria autorizado para ser trazido a público. Mas quem disse que o movimento feminista espera autorização de alguém para lutar pelo que é justo para as mulheres? UFA!, ainda bem que não. Muita gente tem dito que o que se conversa no privado deve ficar no privado. Mas e quando o agressor/abusador/molestador conta com esse acordo de privacidade para ir além do que lhe foi permitido e sair ileso, liso e ainda continuar agredindo, abusando, molestando por anos a fio, inclusive se vangloriando disso? Essa é a questão.

Esse caso não trata da sua amizade com o Idelber, nem sobre o comportamento das feministas e muito menos sobre o que cada de um nós acha sobre nada. Esse caso é uma denúncia de assédio sexual que duas mulheres (pelo menos até agora apenas duas) estão trazendo a público. ‘Ah, se trouxe a público o público tem o direito de opinar’. De opinar, sim. De julgar, NÃO! Não, não estou me referindo ao que estão chamando de “linchamento moral” do Idelber, me refiro a julgar quem denuncia, a apontar o dedo para essas mulheres fazendo comentários como “era uma relação consensual entre adultos”, “disseram sim e mandaram fotos porque quiseram” e coisas do tipo. Porque isso equivale a perguntar “o que estava fazendo com aquela roupa naquele horário na rua?” ou “se não queria, por que foi até o apê do cara?”. Se não me engano, já tínhamos, pelo menos dentro do movimento feminista, um acordo tácito e imprescindível de que NUNCA se julga a vítima, não se coloca sua palavra em dúvida e, principalmente, não se culpabiliza a vítima. Não importa se o agressor/abusador/molestador é nosso amiguinho, parente, do mesmo partido ou alguém que admiramos.

De verdade, estou lamentando muito que um cara de esquerda como Idelber Avelar, capaz de escrever coisas assim: “Quando esses homens são confrontados por uma feminista, seja em sua ignorância, seja em sua cumplicidade com uma ordem de coisas opressora para as mulheres, armam um chororô de mastodônticas proporções, pobres coitados, tão patrulhados que são. Todos aqueles olhos roxos, discriminações, assédios sexuais, assassinatos, estupros, incluindo-se estupros “corretivos” de lésbicas (via Vange), objetificações para o prazer único do outro, estereotipia na mídia, jornadas duplas de trabalho, espancamentos domésticos? Que nada! Sofrimento mesmo é o de macho “patrulhado” ou “linchado” por feministas! A coisa chega a ser cômica, de tão constrangedora.” no texto A busca incansável por um feminismo dócil, ou, não é de você que devemos falar (de 19/12/2010 em seu blog a respeito de uma outra treta monumental que envolvia o jornalista Luís Nassif e feministas), apareça agora como alvo de uma denúncia de abuso e assédio sexual.

Eu poderia dizer que já sabia que ele era meio galinha, que três por quatro baixava nas DMs e caixinhas inbox de amigas feministas com cantadas baratas, mas o máximo que eu poderia dizer dele a esse respeito é que era um cara meio sem criatividade ao abordar mulheres. E só! Jamais, e acho que aqui reside o susto e abalo de quase todos, pensei que ele fosse capaz de desrespeitar as mulheres com quem se relacionava, e com uma visão tão machista e objetificadora das relações sexuais (até mesmo das casuais). Não, não é moralismo, amigues. As pessoas se relacionam como elas quiserem, se for consensual, tudo consensual, podem tudo, de BDSM e chamar de puta e viado/corno até mijar uma na outra. Eu não curto essa coisa escatológica, mas dizem que tem gente que gosta. Há gosto pra tudo, já dizia o cidadão comendo ranho (subistitua por outra coisa a que tenha nojo). Mas, repito: desde que seja consensual, do início ao fim, be-le-za. A questão é que em dado momento essas mulheres se sentiram violentadas, e denunciaram. A denúncia, por mais que queiram distorcer a questão e focar em algumas feministas que ajudaram-nas a reverberar, partiu das mulheres que se sentiram ultrajadas/violentadas por Idelber. E elas pensaram muito antes de denunciar. Pediram ajuda, de jurídica a psicológica passando por apoio moral. Muitas sequer lhes responderam. Casualmente (ou nada de casual) as blogueiras que lhes deram apoio são as mesmas protagonistas de todas as mega-tretas da internet desde que estou por aqui.

Não sou radfem (feministas radicais, linha do feminismo muito discutida na internet e muito briguenta – digamos assim), nem feminista fofa, nem rapunzel. Sou biscate, avulsa, eu sozinha. E costumo sim dizer o que penso quando acho que devo. Nunca, N-U-N-C-A, coloquei em dúvida a palavra da vítima. Isso pra mim, enquanto feminista, é condição. Lamento muito que o Luís Nassif — que outrora chamou a Lola e parte do movimento feminista de “feminazi” — agora se utilize de forma oportunista das próprias palavras da Lola para bater em Idelber, seu antigo desafeto, mas não é motivo suficiente para que eu deixe de apoiar uma mulher denunciando abuso/assédio. Lamento muito que o Pablo Villaça — centro de uma outra treta com feministas por piada machista infeliz — se aproveite desse caso para fazer de novo “gracinha“, ao mesmo tempo o aplaudo por logo em seguida reconhecer que falha sempre e não se diz feminista e que está aí tentando aprender. Porque é isso. O mundo é machista e o machismo sendo estrutural e estruturante atinge a todos indiscriminadamente. Nem as feministas estão a salvo de escorregarem e serem machistas aqui ou ali. Nos autovigiamos muito e tals, mas ninguém é infalível. Sim, os petistas e governistas — contra os quais Idelber se voltou nos últimos tempos politicamente e criticava muito — estão deitando e rolando. Lamento por isso também, está nojento de ver.

Mas lamento mesmo, de verdade e profundamente, é pelas pessoas que se relacionam com Idelber (namorada, filhos, família, amigos) que se veem no olho de um furacão de uma hora para outra sem saber o que fazer. Se eu fiquei dois dias perplexa, pensando no que iria escrever, imagino eles…e me solidarizo com sua dor. E por eles gostaria de deixar esse assunto pra lá. Mas, quando eu me tornei feminista assumi um compromisso de luta para a vida toda, e não posso me fazer de cega-surda-muda porque conheço o denunciado e seus familiares.

Um amigo, ontem, me disse “que desagradável tudo isso”. Concordei. Mas, como respondi a ele, para nós é APENAS DESAGRADÁVEL. Há pessoas que estão só na metade da estrada desse inferno.

Por fim, como ilustração, deixo o tuíte da :

Captura de tela de 2014-11-30 23:32:44

 

p.s.: Se algum dia houver alguma(s) denúncia(s) contra o Gilson, nos façam o favor, a mim e a ele, de não nos protegerem como estão tentando nesse caso. Nos tratem como inimigos ou meros desconhecidos e ouçam a(s) vítima(s). OUÇAM A(S) VÍTIMA(S).


O meu não-post pelo fim da violência contra a mulher

Não estou conseguindo escrever, produzir um texto novo sobre violência contra mulher. Justo eu, com mais de vinte anos de feminismo e de luta nessa trincheira… Mas estou com esse bloqueio tem uns dias, ele tem sido meio recorrente sempre que tem algo me chateando, incomodando.

Não sou uma máquina de produzir textos e mesmo que o assunto seja do meu inteiro domínio e tenha convocado os cinco dias de ativismo online e sentisse quase uma obrigação moral de escrever, todas as vezes que tentei senti como se estivesse me violentando. Não dá, desculpem-me!

Como sou a primeira a atear fogo nas pessoas para se mobilizarem e mesmo quando não é possível ir às ruas pelo menos inundarem as redes sociais com essas mobilizações, estou deixando minha justificativa pela falta de um texto com mais conteúdo e dados e postando as duas charges super bacanas do Carlos Latuff — sempre ele! — para a mobilização virtual pelo #FimDaViolenciaContraMulher.

Textos com muito conteúdo sobre o 25 de Novembro? O Blogueiras Feministas está repleto deles. Mulheres e homens se mobilizaram na blogagem coletiva organizada pelo BF e produziram textos excelentes.

Aproveito para postar também o clipe da campanha “Quem ama, abraça” pelo fim da violência contra mulher, para marcar os 30 anos da instituição do Dia Internacionacional pela Eliminação da Violência Contra Mulher pela ONU, e também para marcar os 20 anos da campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo fim da violência contra as Mulheres, criada pelo Centro para a Liderança Global das Mulheres. Os 16 dias se estendem até o dia 10 de dezembro, aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas. Até lá prometo escrever um post à altura dos desenhos e da realidade de violência sofrida pelas brasileiras.  😉

Clipe da campanha “Quem ama, abraça”:

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Feministas em ativismo online pelo fim da violência contra a mulher II

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De 21 a 25 de novembro em todas as redes sociais da web

Dia 25 de novembro é o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres. Para marcar a data, um grupo de feministas blogueiras-tuiteiras-interneteiras, inspiradas nos 16 dias de ativismo, está propondo fazermos de novo cinco dias de ativismo online pelo fim da violência contra a mulher, de 21 a 25 de novembro.

Durante os cinco dias pautaremos nossos blogues (adaptando ao tema central de cada um) e realizando uma blogagem coletiva, escrevendo artigos e crônicas abordando origens da violência de gênero, lembrando casos históricos, entrevistando mulheres vítimas de violência e/ou ativistas feministas que atuem no combate à violência, responsáveis pelas Delegacias Especializadas — onde houver. Textos próprios ou repostagem de textos interessantes, entrevistas com juízas e promotoras responsáveis pelas Varas de Violência Doméstica (que são complementares à regulamentação da Lei Maria da Penha), e divulgar a Lei Maria da Penha e o procedimento padrão no caso de denúncia. Uma indicação é reforçar o termo “feminicídio” e não desviar o foco do combate à violência de gênero. No Blogueiras Feministas tem muitos textos, dados que podem ajudar a escrever novos posts. No caso de postar depoimentos de vítimas de violência, sugerimos o cuidado para não expor ainda mais a mulher agredida e salientar como denunciar e o uso do 180 — Central de Atendimento à Mulher.

No twitter divulgaremos os blogues participantes da campanha, postaremos periódica e intensivamente notícias, posts, dados de pesquisas, artigos da Lei Maria da Penha, informações de como e onde denunciar agressões,  sempre acompanhadas da hashtag #FimDaViolenciaContraMulher — que é abastecida diariamente desde a campanha do ano passado.

No Facebook postaremos como notas depoimentos de vítimas e matérias sobre casos de violência — novos e antigos — em nossos feeds de notícias, além de imagens, músicas, poesias, vídeos sobre o tema. Nosso grupo lá se chama “Feministas e feminismo em ativismo digital” e é aberto. Venha participar e debater.

No orkut (sim, ele ainda existe) manteremos uma comunidade para debater o assunto, postando imagens e atualizando nossos perfis para “feministas em ativismo online pelo fim da violência contra a mulher” (sugestão). Enviaremos imeius com a recomendação que sejam repassados a todos os contatos, além de incentivarmos listas de discussões. Onde tivermos acesso, podemos sugerir a pauta à rádios – rádios online também. Pautar programas de rádio é nosso principal desafio. Sabemos que as redes sociais ainda estão muito longe de serem populares e por consequência não atingem a ampla maioria da população e das mulheres. É muito mais fácil chegarmos às mulheres vítimas de violência via rádio. Tem rádio na tua cidade com algum programa comandado por uma mulher ou radialista sensível ao tema? Liga e fala da campanha e te dispõe a participar.

Divulgaremos os atos de rua convocados para marcar o 25 de novembro pelo país afora com o intuito de incentivar mais atos além do virtual. Divulgaremos também os procedimentos em casos de denúncia, telefones, serviços de atendimento e artigos de leis, principalmente a Lei Maria da Penha para que todos a conheçam em detalhes.

Indicamos o uso da cor lilás no dia 25 de novembro em roupas e acessórios para dar visibilidade à campanha. O uso da cor lilás e da temática feminista são indicados também aos BGs no tuíter (imagem de fundo do perfil), avatares (foto de identificação nas redes sociais da web) e o uso de um banner da campanha para identificar os blogues participantes. Para colocar a marca na campanha no seu avatar, fizemos o twibbon “Fim Violência” << Clica no link e depois no retângulo “show my support now”.

E, por fim, proporemos toda essa pauta aos veículos da grande imprensa e às parlamentares das bancadas feministas para que façam o máximo de intervenções possíveis nos plenários dos parlamentos brasileiros. Quem quiser participar e não tem perfil em nenhuma rede social, pode reproduzir os posts publicados nos blogs listados e lincados abaixo e indicá-los por imeiu. No Facebook e no orkut somos facilmente encontradas pesquisando “Feministas em ativismo online” ou ainda procurando no google (ou outro site de busca) por “fim da violência contra a mulher”.

Essa campanha foi pensada e construída sob a ótica feminista da colaboração, da construção solidária e coletiva. Não há donas(os) e sim colaboradoras(es) e participantes. Junte-se a nós contribuindo com o tempo e a ferramenta que dispuser. Uma vida sem violência é direito de todas as mulheres. Lutamos contra todas formas de opressão e violência e acreditamos que qualquer iniciativa, por menor que pareça, ajuda a construir a cultura de paz que tanto necessitamos. Outras sugestões são bem-vindas.

Os cinco dias de ativismo online pelo fim da violência contra mulher antecede a campanha mundial dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres, que inicia no 25 de novembro e vai até 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos).

É dia de luta, bebê!

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Confirmadas as gurias do Eblog no 2º BlogProg –Obrigada!

Galerê que nos acompanha e contribuiu na nossa vaquinha para o Eblog estar representado no 2º Encontro Nacional dos Blogueiros Progressistas, comemorem conosco.
No domingo rebaixamos a meta para R$ 600,00 porque estávamos entre nós com problemas para nos fazer as três (que precisam viajar) presentes em Brasília no próximo final de semana. Mayara Melo em final de semestre do mestrado e com compromissos de trabalho já agendados que não conseguiu desmarcar e a Luka da Rosa com sua filhinha doente em São Paulo. Decidimos de comum acordo garantir a minha presença juntamente com a Amanda Vieira mais a Bia Cardoso e Carine Roos na mesa Mulheres na Blogosfera.
Mas, eis que o impossível acontece. Hoje à tarde recebemos uma doação generosa de R$ 600,00 que fez com que superássemos a atual meta e nos desse fôlego para garantir a ida da Luka da Rosa, caso a filhinha dela melhore a tempo — o que estamos todos torcendo que aconteça em primeiro lugar pela saúde da nossa baby incendiária, Rosa.
Agradecemos demais o apoio e contribuições e estamos aqui, conjuntamente, para garantir a nossa maligna presença no 2º BlogProg.

Mayara, Luka, Amanda e Niara.


As gurias do Eblog no 2º BlogProg –Ajuda?


Quem me acompanha aqui pelo Pimenta com Limão ou pelas redes sociais sabe das minhas críticas ao(s) governo(s) do PT e esse chapabranquismo da chamada imprensa alternativa, da blogosfera, que acha que só pelo fato desse mesmo governo se autodenominar “esquerda” deve ser poupado de qualquer crítica e defendido cegamente.
Já escrevi sobre o Encontro Nacional dos Blogueiros Progressistas (nome pavoroso, para dizer o mínimo) e sobre os chamados blogprog. Não fui ao primeiro encontro em São Paulo, em setembro de 2010, porque não podia me ausentar do trabalho e logo após o 1º BlogProg, numa discussão no twitter, surgiu um grupo de blogueiros de esquerda chamado Eblog (no twitter pode ser encontrado pela hashtag #eblog) frontalmente oposto aos blogprog. Embora a hashtag seja usada também pelos blogueiros governistas para divulgar sua cantilena surrealista de apoio ao governo e aliados, a ampla maioria dos textos divulgados no espaço são no sentido de identificar as políticas neoliberais e reacionárias adotadas pela “esquerda (sic) no poder”, cobrar as promessas de campanha e reforçar a blogosfera também como um espaço de resistência política.
O 2º BlogProg acontecerá de 17 a 19 de junho — portanto no próximo final de semana — em Brasília e ao olharmos a programação, percebemos que a mesa Mulheres na Blogosfera estava sem nenhum nome confirmado, mesmo tendo Conceição Oliveira do Maria Frô e Conceição Lemes — colaboradora do Vi O Mundo — na coordenação dos Progressistas (são as únicas, aliás).
A partir de uma brincadeira feita com as blogueiras feministas no Eblog, começamos a pensar seriamente em ocupar o espaço vago, sempre anunciado como aberto e disponível. Porque nunca saberemos o quão de fato os blogprog são progressistas e/ou democráticos se não formos lá confrontar e disputar ideias. E decidimos participar.
Eu, Luka da Rosa do Bidê Brasil, Mayara Melo do Mayroses e Amanda Vieira do Nós nos oferecemos para coordenar a mesa/oficina Mulheres na Blogosfera e a coordenação aceitou. Amanda ainda conversou com a Bia Cardoso do Groselha News e Blogueiras Feministas e com a Carine Roos do Outro Espectro em Brasília sobre compartilharem conosco a mesa e elas aceitaram. Veja aqui a programação oficial do 2º BlogProg, que contará com as presenças de ‘celebridades’ dessa pseudo esquerda como Lula, José Dirceu e até mesmo Aldo Rebelo.
Mas temos um problema. Afora as gurias de Brasília, nós outras estamos uma em cada canto do país e, sendo esquerdistas, somos pobres de dinheiro. Decidimos então fazer uma vaquinha online para custear nossa participação no 2º BlogProg e estou aqui pedindo a colaboração dos meus leitores. (Plagiando a Luka) “A gente podia tá robano, a gente podia tá matano, a gente podia tá se vendeno pro governo. Mas, não. Tamo aqui, firmes na paçoca pedindo a tua ajuda para incendiarmos a reunião da blogosfera progressista em Brasília.”
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Quem quiser ajudar entra aqui na nossa vakinha e doa o que puder. Quem quiser ajudar e não tiver cartão de crédito ou conta postal no pag seguro, é só pedir por imeiu o número da conta corrente de uma de nós três. Valeu?
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Nota: Se cada pessoa que visitou a página da nossa vaquinha online tivesse contribuído com R$ 2,00 (dois reais), já estaríamos com as passagens pagas. Então, ajude a Extrema Esquerda Incendiária a se fazer representar no encontro da blogosfera. 😉
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Sedução meia boca para quem gosta

Devassando a Timeline…
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Homens metidos a Don Juan e mulheres metidas a Cleópatra* existem em todos os lugares, inclusive na esquerda e/ou na internet. Sempre convivi em maior ou menor distância com os chamados capas-pretas da esquerda que se utilizavam de sua posição e/ou conhecimento, poder para seduzir militantes (aqui substituindo o termo ‘moçoilas’) desavisadas(os). Acontece com homens e mulheres, mesmo que seja muito mais frequente com os homens pelo modelo patriarcal fortemente arraigado e pelo culto ao tipo “cafajeste” que parece perpassar até as barreiras ideológicas e de gênero. Afinal, concordando ou não, algumas mulheres assumem esse papel meio que em tom de vingança sexista.

Substituí o termo “moçoila” porque somos todos adultos, com mais ou menos experiência. E no mundo atual, com tanta informação pipocando por todos os lados, cair em um determinado tipo de ‘papinho’ de sedução, parece ser mesmo por conveniência ou por vontade própria. Mas diante dos ‘mitos’ da esquerda continuam a suspirar moçoilas e moçoilos desavisados. De novo – não por escolha minha mas pelas circunstâncias – os homens, bonitões com tendência à solteirice (leia-se independência afetiva/emocional) são alvo certo para suspiros e por consequência, se utilizam do vasto campo de ‘oportunidades’ de sedução a sua frente. Alguns, mais honestos, nem gastam muita saliva e deixam bem claro que não vão se comprometer com ninguém, nunca. Outros preferem exercitar seu lado ‘cafa’ e se esmeram em promessas subentendidas e em declarações de afeto – que mais parecem notas de três reais – desnecessárias.

Por que estou falando sobre esse assunto? Não, não me deixei seduzir pelo José Dirceu. Ele nem tentou (rindo muito enquanto escrevo). Meus amigos mais próximos diriam que se ele tentasse me seduzir haveria grande chance dele sair reclamando que foi ‘seduzido e abandonado’.

Mas, canalhices a parte de ambos os lados, essas histórias se repetem todos os dias e eu as tenho visto no tuíter, que além de ser um microblog é também uma rede social de relacionamentos. Alguns profissionais que dão pinta de serem muito sérios – e são mesmo muito sérios e competentes profissionalmente – ao partirem para suas tentativas de seduções, se mostram como cafajestes tradicionais e totalmente pervertidos (pervertidos no sentido de depravação = desvio patológico do comportamento considerado normal, com todas as controvérsias que o assunto suscita). Há alguns que se dizem subversivos ao invés de pervertidos, porque acreditam mesmo estarem subvertendo a ordem natural das coisas. Oi? Bem historinha pra boi dormir ou para derrubar a vaca (desculpem-me a expressão).

Esses ‘don juans’ precisam saber que a internet aproxima as pessoas, de tal forma que aquela conversa de amigas (onde basta uma abrir a boca e contar o grande segredo para todas se darem conta que foram seduzidas pelo mesmo cafajeste e pela mesma história – ipsis litteris) se dá muito mais rápido do que eles imaginam, sem testemunhas (ninguém as vês tomando chá ou indo ao banheiro juntas confabular) e o pior de tudo: todas tem em seus msns, gtalks, skypes, mensagens diretas do tuíter e/ou imeius, os registros das seduções do espertinho (alguns repetem até os erros de português).

Numa dessas confabulações de um grupo de gurias do tuíter hoje a tarde, surgiu a ideia de ‘denunciar’ os nomes (as arrobas) de alguns desses ‘don juans’ fajutos. Mas nem todas queriam se expor ou entregar que caíram de alguma forma no tal papinho infame e barato. Pensei em contar sozinha quem eram, uma vez que jamais me considero vítima de sedução. Anunciei que contaria e criou-se uma baita expectativa sobre quem são as tais ‘arrobas pervertidas’ (apelidei assim), mas não quero criar uma ‘caça às bruxas’. São profissionais até certo ponto sérios e que utilizam as mídias sociais também para divulgar seu trabalho. Então fica o alerta: Você amigo(a) don juan/cleópatra-de-meia-pataca que está aí usando as mídias sociais para seduzir de forma barata e cafajeste suas vítimas, saiba que a internet deixa rastro e as pessoas se esbarram por aqui mais facilmente que na vida real. Entenderam? (Tá.)

Muito bem disse o Marcelo Branco, coordenador da campanha Dilma nas redes virtuais, que a internet potencializa o que as pessoas são na vida real. Um pouco de cautela ao usar a rede não fará mal algum a ninguém. Traduzindo: Menos, pessoal. Menos!

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* mitos masculino e feminino que seduziam, segundo consta, até o ar que os envolvia.


Feministas em ativismo online pelo fim da violência contra a mulher

De 20 a 25 de novembro em todas as redes sociais da web


Dia 25 de novembro é o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres. Para marcar a data, um grupo de feministas blogueiras-tuiteiras-interneteiras, inspiradas nos 16 dias de ativismo, está propondo cinco dias de ativismo online pelo fim da violência contra a mulher, de 20 a 25 de novembro.

Durante esse período pautaremos nossos blogues (adaptando ao tema central de cada um), e nossa intervenção em todas as redes sociais que participamos, pela violência de gênero e formas de prevenção e combate.

Nos blogues produziremos artigos, crônicas, matérias inéditas sobre a violência contra a mulher e suas causas/consequências e faremos entrevistas com feministas, juizas, promotoras, advogadas, delegadas, ativistas de ongs e profissionais de serviços de atendimento/prevenção.

No twitter faremos entrevistas coletivas e colaborativas com mulheres destacadas e com visibilidade (Glória Perez, Nilcéa Freire, Maria da Penha, Marta Suplicy e outras parlamentares da bancada feminista no Congresso) além de tuitarmos e retuitarmos periódica e intensivamente notícias, posts, dados de pesquisas e curiosidades sempre acompanhadas da hastag #FimDaViolenciaContraMulher (que já está sendo usado à pleno vapor). Algumas dessas entrevistas serão via twitcam.

No Facebook postaremos depoimentos de vítimas e notícias da grande imprensa de casos de violência – novos e antigos -, além de imagens, músicas, poesias, textos sobre o tema. Nosso grupo lá se chama “Feministas e feminismo em ativismo digital“.

No orkut manteremos uma comunidade para debater o assunto, postando imagens e atualizando nossos perfis para “feministas em ativismo online pelo fim da violência contra a mulher” (sugestão).

Enviaremos imeius com a recomendação que sejam repassados a todos os contatos, além de incentivarmos listas de discussões. Onde tivermos acesso, podemos sugerir à rádios online – ou que sejam também online – pautarem o tema. Assim todos podem ouvir via web e podemos tuitar no horário do programa. Tem rádio na tua cidade com algum programa comandado por uma mulher, liga e fala da campanha e se dispõe a falar. Essas são as sugestões de acordo com cada mídia, perfil e ferramentas. Outras sugestões são bem-vindas.

Divulgaremos os atos de rua convocados para marcar o 25 de novembro país afora com o intuito de incentivar mais atos além do virtual. Divulgaremos também os procedimentos em casos de denúncia, telefones, serviços de atendimento e artigos de leis, principalmente a Lei Maria da Penha para que todos a conheçam em detalhes.

Indicamos o uso da cor lilás no dia 25 de novembro em roupas e acessórios para dar visibilidade à campanha. O uso da cor lilás e da temática feminista são indicados também aos BGs no tuíter (imagem de fundo do perfil), avatares (foto de indentificação nas redes sociais da web) e o uso de um banner da campanha para identificar os blogues participantes.

E, por fim, proporemos toda essa pauta aos veículos da grande imprensa e às parlamentares da bancada feminista para que façam o máximo de intervenções possíveis nos plenários do Congresso.Quem quiser participar e não tem perfil em nenhuma rede social, pode reproduzir os posts publicados nos blogs listados e lincados abaixo e indicá-los por imeiu. No Facebook e no orkut somos facilmente encontradas pesquisando “Feministas em ativismo online” ou ainda procurando no google (ou outro site de busca) por “fim da violência contra a mulher”.

Essa campanha foi pensada e construída sob a ótica feminista da colaboração, da construção solidária e coletiva. Não há donas(os) e sim colaboradoras(es) e participantes. Juste-se a nós contribuindo com o tempo e a ferramenta que dispuser. Uma vida sem violência é direito de todas as mulheres. Lutamos contra todas formas de opressão e violência e acreditamos que qualquer iniciativa, por menor que pareça, ajuda a construir a cultura de paz que tanto necessitamos.

Boa luta!

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Projeto de Lei proíbe uso de Software Livre em lan houses

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A não ser que alguém consiga software livre com serial e nota fiscal
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do Partido Pirata
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Segundo o artigo 5º, do Projeto de Lei nº 08/2005 em Santa Catarina, software livre não poderá ser utilizado em lan houses:
Art. 5º: Os softwares ( programas e sistema operacional) necessários para o funcionamento das lan houses devem obrigatoriamente conter o número do registro, bem como, a nota fiscal comprovando a legalidade na sua aquisição.
Esta lei é um reflexo do despreparo de alguns legisladores responsáveis por assuntos relacionados a ciência e tecnologia.

Partido Pirata contra as patentes do capitalismo

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Gabriela Moncau
Caros Amigos
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Criado em 2006 na Suécia e com atuação em mais de 30 países, inclusive no Brasil, a organização partidária defende a liberação dos direitos autorais e adoção de software livre na Internet.

A sociedade da informação enfrenta uma forte contradição, que é naturalizada por muitos. Por um lado, com a expansão das redes, há possibilidades que nunca existiram, como, por exemplo, o compartilhamento de cultura, conhecimento e bens imateriais. Há no mundo aproximadamente 1 bilhão de pessoas com acesso regular a computadores pessoais. Ou seja, conectadas em uma rede mundial por máquinas de replicação em alta velocidade que reproduzem fielmente, sem custo, qualquer arquivo. Por outro, há o enrijecimento das ações e legislações a favor da propriedade intelectual. Uma esquizofrenia que provoca um dos maiores embates relacionados à informação, além de representar um desafio para os que defendem a democratização da cultura, do conhecimento e dos meios de comunicação.

Com o interesse de manter a exclusividade de exploração comercial sobre os produtos, a indústria cultural elabora leis que visam conter a cópia e o compartilhamento de conteúdos. Sérgio Amadeu, sociólogo e professor da Faculdade de Comunicação Cásper Líbero, estudioso da questão da exclusão digital e do software livre, explica que as práticas de colaboração são intrínsecas à sociedade e surgiram muito antes da internet. “As pessoas não acham que estão fazendo nada errado. Esse costume sempre existiu. Antigamente, por exemplo, você pegava um vinil, colocava num aparelho de som 3 em 1, escolhia 3 ou 4 músicas, tocava o vinil, montava uma fita, levava pra uma festinha, dava pro seu amigo que copiava”, assinala.

Com o advento das redes, os controladores da indústria cultural desenvolveram diferentes estratégias de repressão. A primeira delas foi criar casos exemplares: identificavam uma pessoa que havia desenvolvido algum programa de compartilhamento ou que copiava muitos conteúdos e abriam grandes processos contra ela. Cobravam multas, ameaçavam de prisão e davam grande publicidade ao caso. As pessoas, no entanto, deram-se conta que a chance de ser identificado era irrisória. Colocaram em prática, então, processos contra um grande número de pessoas. No entanto, a popularização e o barateamento da banda larga fizeram com que a estratégia tivesse alcance limitado.

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Twitter do Partido Pirata

Significado das gírias da web

Blog Usuário Compulsivo
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No cheezburger for you stupid lol cat!

Você sabe o que significam as siglas em inglês: LOL, OMG, WTF, IMHO, FML, PYT, CRBT? São gírias da Internet, em sua maioria abreviações de expressões comuns no dia a dia da vida real.

Quando essas siglas estão em português conseguimos identificá-las com facilidade. Por exemplo, garanto que todo mundo sabe o significado da sigla FPD, usada na frase: “Aquele cara é um grande FDP!”. O problema é quando essas siglas são importadas.

É o tipo de coisa que depois que você descobre, pensa como é óbvio. Mas enquanto não sabe, parece um mistério impenetrável. Se você está com a pulga atrás da orelha, por causa de alguma gíria da Internet em inglês que não consegue traduzir, seus problemas acabaram!

No InternetSlang.com você pode pesquisar expressões como LOL, OMG, IMHO, FML, PYT, já citadas neste texto e muitas outras conforme você for as encontrando no seu caminho virtual. Veja alguns exemplos:

CRBT – Crying Real Big Tears (Chorando pra caralho!)
LOLAK – Lots Of Love And Kisses (Muito amor e beijos!)
GLTY – Good Luck To You (Boa sorte pra você!)
IDK – I Don’t Know (Eu não sei)
OJ – Only Joking (Brincadeirinha!)
DYK – Did You Know (Você sabia?)
TAI – Think About It (Pense a respeito)
STSP – Same Time Same Place (Mesma hora e local)
LOL – Lots of Laughers (Muitas risadas)
ROFL – Rolling of Fucking Laughers (Rolando de rir)
BRB – Be Rigcht Back (Já volto)
AFK – Away from Keyboard (Longe do Teclado)
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Obviamente as respostas e explicações das siglas e gírias estão em inglês no InternetSlang.com. Mas são explicações simples, de fácil compreensão e tradução através de ferramentas automáticas.

Coloque o InternetSlang.com nos seus favoritos e não passe mais vergonha por não entender as gírias mais descoladas que todo mundo usa no Twitter!


Usuários do twitter vão poder cobrar para mostrar seus tweets

Blog Twitter Já
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O Twitter vai começar a cobrar dos usuários o acesso a determinadas contas premium no Japão. A escolha do país asiático como campo de testes para a iniciativa se deve às peculiaridades do mercado local, onde o acesso a web móvel supera o fixo e as pessoas estão mais acostumadas a pagar por conteúdo. Além disso, o site é extremamemte popular no país e o japonês é uma das quatro línguas oficiais do Twitter (junto com inglês, francês e espanhol).

Pelo novo plano, os donos de contas premium poderão cobrar pelo acesso aos seus tweets. Essas contas seriam principalmente de serviços de informação em tempo real que normalmente trazem links com vídeos, fotos, mais texto, etc.

Segundo o TechCrunch , a cobrança seria mensal e os preços devem variar de 100 yen (cerca de R$ 2) a 1.000 yen (R$ 20). O Twitter ficará com 30% da receita. O pagamento poderá ser feito com cartão de crédito, pela conta do celular ou comprando um cartão pré-pago em lojas de conveniência.

Serkan Toto, do TechCrunch, apontou alguns motivos pelos quais a iniciativa pode dar certo no Japão. Além da já citada prevalência do acesso móvel, ele destaca o fato de que escrever em japonês ocupa muito menos espaço do que os caracteres romanos, o que permite a inclusão de mais “conteúdo” em cada mensagem.

Além disso, os japoneses estão acostumados a pagar por conteúdo utilizado em seus celulares, que vem cobrado na conta do aparelho no fim do mês. A taxa de internautas que opta por serviços premium no país varia de 5% a 15% e o Twitter tem cerca de dois milhões de usuários no Japão.

A Digital Garage, empresa local que administra o Tiwtter no país asiático, pensa em focar o modelo pago no público fanático por notícias de celebridades. Segundo Toto, os japoneses têm muito interesse em acompanhar o cotidiano de pessoas famosas e posts banais, como a foto de uma atriz almoçando, podem ultrapassar os mil comentários.


STF terá canal no Twitter

Rodrigo Ghedin
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(Parte d) Aquela visão de gente velha, fora de sintonia com tecnologia, e sem intimidade alguma com as últimas novidades da Internet que o Judiciário nacional conserva, pelo menos no que toca ao Supremo Tribunal Federal, o STF, está mudando.

O órgão máximo do nosso Judiciário, que já mantém um canal no YouTube e disponibiliza notícias via RSS, estreará, no dia 1º de dezembro, um perfil oficial no Twitter, o serviço de microblogging mais famoso e utilizado do mundo.

Ainda não se sabe qual o nome de usuário que o STF usará no Twitter, mas, pelo anúncio, já dá para ter uma ideia do tipo de conteúdo que será veiculado por lá. Aparentemente, serão posts bem sucintos (num microblog… d’oh!) sobre o dia a dia no Tribunal, com especial atenção aos julgamentos mais importantes da Casa:

Seguindo o Twitter do STF, os usuários terão acesso, em primeira mão, aos itens mais relevantes das agendas do presidente da Corte e dos demais ministros, aos destaques das pautas de julgamento do Plenário, além de poder acompanhar, em tempo real, flashes dos julgamentos mais importantes em andamento na Casa, seja nas Turmas ou no próprio Plenário.

A mesma nota expõe, com uma didática de dar inveja a muito especialista em mídia social por aí, o que é o Twitter, o porquê de seu sucesso, e o que motivou o STF a usá-lo como mais um meio de comunicação com a população brasileira. Uma das razões, aliás, é a possibilidade de uso da rede em dispositivos móveis – o que está bem longe da maioria esmagadora dos brasileiros, mas relevemos.

De qualquer maneira, são notáveis o esforço e a preocupação do STF afim de manter a população informada sobre o que acontece ali. Cabe a nós, que já ignoramos solenemente a TV Justiça (né?), ficarmos atentos ao que acontece no Supremo via mídias sociais, pois é de lá que decisões importantes, que afetam as vidas de todos, saem. Também vão ser divulgadas, regularmente, as ações que chegam à Corte diariamente e as decisões e despachos dos ministros nos principais processos em tramitação na Corte. O Plenário Virtual, onde os ministros decidem a aplicação da repercussão geral nos temas em debate na Corte, também poderá será acompanhado por meio dessa nova ferramenta social.

[Fonte: Jorge Araújo – Direito e Trabalho]

Nota: Se o ministro relator do caso Battisti, Cezar Peluso, teve dificuldades em resumir a decisão de seus colegas para publicá-la, imagina o que fará – o que não fará, melhor dizendo – em apenas 140 caracteres?!


Le Monde será atualizado hoje apenas por blogueiros

A versao do jornal francês Le Monde na internet será atualizada nesta sexta-feira apenas por blogueiros, em comemoração aos cinco anos na web. O site do Le Monde reúne, entre seus blogueiros, assinantes, jornalistas, acadêmicos e especialistas. Eles sao responsáveis hoje por 13% da audidência. (Fonte: Agencia France Presse)


Música para o Twitter coloca até 5 minutos de som em 140 caracteres

Site Inovação Tecnológica

Composições minimalistas
A princípio você pode pensar que há algum mal contato gerando ruído nas caixas de som do seu computador. Mas é só esperar um pouco e as coisas parecem começar a fazer algum sentido musical. E algumas das músicas são de fato interessantes.
Estas são as primeiras sensações ao se ouvir o primeiro álbum de músicas criado exclusivamente para o Twitter, um novo tipo de composição minimalista que usa os caracteres do teclado para dizer ao computador quais sons devem ser produzidos.

Não se trata de passar endereços de bandas ou arquivos MP3 pelo Twitter, mas de fazer composições reais dentro dos 140 caracteres

Criatividade e tecnologia
Se as composições serão catalogadas como New Age, como música eletrônica, ou simplesmente exigirão uma nova categoria, é coisa que somente os aficionados poderão dizer.
Mas, se os 140 caracteres permitidos pelo Twitter são suficientes apenas para elaborar uma sentença minimamente articulada, colocar uma música inteira neles demonstra bem o potencial existente quando criatividade e tecnologia se juntam.
E Dan Stowell, um compositor e cientista da computação na Universidade Queen Mary, na Inglaterra, demonstrou que é possível inserir até cinco minutos de música nos 140 caracteres do Twitter.
SuperCollider
Stowell criou uma linguagem de programação, chamada SuperCollider, que cria sons no computador a partir de instruções simples, escritas com os caracteres normais do teclado.
Daí para o Twitter foi um passo, e os amigos do compositor-programador logo começaram a devolver mensagens contendo suas próprias instruções em SuperCollider – o que vale dizer, suas próprias composições musicais “textualizadas.”
“Alguns dos tweets tinham músicas tão boas que eu não podia simplesmente deixar que se perdessem. Então eu selecionei as melhores e as disponibilizei em um álbum, chamado sc140, que todos podem baixar gratuitamente,” conta Stowell.
Veja como se pareceria uma partitura do Hino à Alegria se Beethoven usasse o Twitter: {b=”GGHJJHGECCEG”.ascii.stutter;f=Duty.kr(0.15,0,Dseq([b,71!3,69!5,b,69!3,67!5,0].
flat.midicps))*[1,2];LFCub.ar(f)/9}.play
Música pelo Twitter
Embora a criação musical seja uma ocupação tradicionalmente solitária, a composição de músicas para o Twitter poderá permitir a criação de redes de colaboração também nesse campo, trazendo os músicos para a interação das redes sociais.
Ou, pelo menos, trazer-lhes inspiração e permitir que divulguem rapidamente seus trabalhos.
“Os músicos frequentemente curtem o desafio de trabalhar com fatores limitantes, [o que permitirá] novas formas de fazer música e de se comunicar artisticamente,” diz o pesquisador.
O primeiro álbum para o Twitter, chamado sc140, pode ser ouvido online ou baixado gratuitamente neste endereço.
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Já no caso de Lula, Google sequer pede desculpas

Lula, no Google

Há mais de um ano soube dessa notícia e a comprovei. Ao digitar a palavra “mentiroso” no Google, o primeiro resultado da busca é o nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essa semana o fato teve uma repercussão absurda no twitter e surgiu a explicação: “Bomba do Google”:

Google bomb (Bomba do Google ou Bombardeio Google) é um fenômeno caracterizado por tentativas de influenciar a classificação de uma determinada página ou site nos resultados retornados pelo Google, normalmente com intenções humorísticas ou políticas. Devido ao sistema utilizado pelo Google para criar o algoritmo de PageRank, uma página terá uma classificação melhor à medida que o website que dá acesso a tal página use melhores termos de referência. Uma bomba é criada caso haja um grande número de sites apontando para estes locais. O termo “bombardeamento Google” foi adicionado em maio de 2005 ao New Oxford American Dictionary.
O bombardeamento é usado para fins não comerciais. Spamdexing é a prática de fazer modificações no código fonte de forma a enganar o robot e dar maior visibilidade a uma determinada página, colocando-a em melhores posições na página de resultados, ou ainda para influenciar a categoria à qual a página foi designada..
No site SigaMPost, uma leitora questiona:
Avelina Martinez Gallego, 25/11/2009
“O Google está a serviço de quem?

Vocês já tentaram digitar “mentiroso” no Gogle?Eu fiz isso hoje e, na primeira linha há uma indicação que nos remete à Wikipédia onde, PASMEM, aparece uma mini-biografia do presidente da Republica, Luis Inácio Lula da Silva.Será possível que a oposição ao presidente desceu a níveis tão baixos?Como parte integrante dos 80% dos brasileiros que aprovam e acreditam em Lula, espero uma reparação urgente. Isso é uma afronta a todo o povo brasileiro.”

Logo abaixo, o site informa que encaminhou o questionamento ao Google Brasil e publica a resposta obtida:

Prezada Avelina, em razão do seu questionamento SigaMPost entrou em contato com a equipe do Google Brasil. Em razão do contato, segue resposta postada na capa do site:

“Sobre a pergunta que nos foi encaminhada, informo que o Google é uma ferramenta de busca que verifica mais de um trilhão de páginas na web automaticamente e cria um índice de relevância dessas páginas baseado em algumas centenas de critérios presentes no algoritmo matemático do Google. Apesar da complexidade dessa tarefa, de vez em quando verificamos algumas distorções criadas artificialmente. A esse fenômeno foi dado de BOMBA GOOGLE e trata-se de uma tentativa de manipular temporariamente os resultados do Google empreendido por um grande número de usuários da internet. Em geral, o Google não intervém nas Bombas Google, por estas terem caráter humorísticos ou políticos. O tempo e o uso da ferramenta se encarrega de corrigir essas distorções. Estaríamos agindo em favor de alguém se interferíssimos nessas manifestações de usuários.”

Atenciosamente,

*Felix Ximenes*

Global Communications and Public Affairs | Google Brasil.

Nota:

Mesmo que o Google não tenha responsabilidade direta com a imagem racista de Michelle Obama ou com a bomba que alterou a classificação do nome de Lula e o transforma em sinônimo de mentiroso, tem o dever de se retratar e alterar o conteúdo. Sabemos que é possível, bastando querer. O que me espanta é uma empresa permitir ofensas e agressões desse nível em seu conteúdo que é sua fonte de lucro. Tanto a Casa Branca quanto o Palácio do Planalto deveriam pedir explicações judicialmente e exigir retratação. Ofensa é crime em qualquer lugar.