Domingo à noite, 30/05, por volta de 20h, li no Blog do Tsavkko sobre a frota de navios turcos com ajuda humanitária para Gaza que se aproximava de Israel. A “Flotilla” – composta de oito navios, 750 ativistas de 60 nacionalidades diferentes e 10 mil toneladas de suprimentos – tentaria furar o bloqueio criminoso israelense a Faixa de Gaza.
Esse primeiro post já trazia o link para o acompanhamento da Flotilla via satélite em tempo real e a notícia que a tripulação vestia coletes salva-vidas temendo um possível bombardeio israelense. Pois o ataque aconteceu por volta das 23h, não por bombas mas à tiros. Durante toda a madrugada o assunto dominou o tuíter, pelo menos entre as pessoas que acompanho – defensores dos Direitos Humanos e do povo palestino.
Passam das 7h da manhã dessa segunda-feira e as notícias (conflitantes ainda) falam em torno de 16 mortos, mais de 50 feridos e alguns desaparecidos. Mais notícias acompanhe pela hastag #Flotilla.
Antes das 2h da manhã, o portal G1 já trazia a notícia com a defesa de Israel que, em mais um acesso de bipolaridade e confusão de identidade, atribui o ataque a “terroristas” do Hamas além de já ter “achado milagrosamente” armas num frota humanitária. Ativistas espanhóis reclamam que o ataque teria acontecido em águas internacionais, onde Israel não tem jurisdição. É um incidente diplomático grave. Vamos ver como os países dos ativistas mortos e feridos reagem, além da Turquia, bandeira oficial da Flotilla. Veja também a cobertura, com imagens do ataque, da BBC Brasil. Abaixo, imagens do ataque:
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O fato é que Israel tudo pode e tudo faz, sem represálias ou condenações. Se fosse um ataque a um navio israelense, mesmo sem vítimas, o assunto seria capa dos principais jornais do mundo – exatamente como já abordei aqui sobre a relação da imprensa com o conflito Palestina x Israel (A mídia nazista do séc. XXI).
Aguardo esperançosa pelas represálias à Israel dos países com um mínimo de sensatez e respeito aos Direitos Humanos e Direito Internacional. Espero que a ajuda humanitária chegue a Gaza e o sacrifício desses ativistas não tenha sido em vão. Diversos protestos mundo afora em frente as embaixadas israelenses estão sendo convocados. Vamos acompanhar.
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Atualização 19h: Número de mortos chegou a 19 e demais ativistas estão presos em porto israelense. Brasil condenou o ataque isralense e pediu, através do Itamaraty, ação forte da ONU contra Israel. Confira no site Opera Mundi, uma galeria de imagens com as reações ao redor do mundo após o ataque israelense.
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Atualização 01/06, 16h: A ONU se reuniu em caráter de urgência para discutir o caso. Condenou o ato mas não tomou nenhuma nenhuma atitude contra Israel, que se prepara para impedir a passagem de mais um navio, e demonstra claramente que perdeu seu papel na manutenção da paz mundial e mediação de conflitos. Leia mais aqui.
À bordo da Flotilla da Liberdade havia 380 turcos, 38 gregos, 31 ingleses, 30 jordanianos, 28 argelinos e vários latinoamericanos, entre eles a cineasta brasileira Iara Lee. Ela está bem, mas permanece presa junto aos demais sobreviventes ao ataque israelense para interrogatório sem acusação formal.
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Atualização 02/06, 4h15: Diante da pressão internacional e doméstica (inúmeros jornais israelenses condenaram decisão da Marinha de Israel de atacar a Flotilla da Liberdade), Israel anunciou há pouco que deportará todos os ativistas presos nas próximas horas.
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Atualização 02/06, 7h30: Grupo de 123 ativistas do Flotilla da Liberdade deportados de Israel chegaram à Jordânia. Informes da madrugada falam na deportação de 250 ativistas apenas. E os outros 400 ficarão presos? Sob que acusação?
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Atualização 02/06, 16h45: Logo depois das 8h da manhã (horário de Brasília), Israel anunciou levar TODOS os ativistas a serem deportados ao aeroporto de Ben Gurion, perto de Tel Aviv. Se referia aos 634 ativistas detidos desde a madrugada de segunda-feira. Às 14h, os aviões turcos ainda não tinham decolado por falta de 25 ativistas.
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Atualização 02/06, 16h50: Partiu há poucos minutos, do aeroporto de Ben Gurion, o primeiro avião turco com ativistas feridos da Flotilla da Liberdade rumo à Turquia.
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Atualização 02/06, 17h15: Israel avisou ontem que usaria “mais força” para impedir a passagem de outro navio de ajuda humanitária à Gaza. O navio irlandês, se atrasou algumas horas da Flotilla da Liberdade por problemas logísticos em outro porto. Hoje à tarde, a Irlanda ameaçou Israel, caso seu barco seja atacado.
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Atualização 02/06, 17h45: O presidente do Egito, Hosni Mubarak, ordenou ontem, 01/06, a abertura da passagem de Rafah, única entrada da Faixa de Gaza que não é controlada por Israel, permitindo a entrada de ajuda humanitária e a saída de doentes do território palestino.
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Atualização 02/06, 19h35: Partiu de Israel, voo turco com os corpos dos ativistas assassinados pela marinha israelense no ataque à Flotilla da Liberdade, na madrugada de 31 de maio. Estima-se que pelo menos quatro dos pacifistas mortos eram turcos. Os demais feridos já tinham desembarcado em Ankara algumas horas antes.
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Atualização 02/06, 20h: A ativista judia Hedy Epstein, que escapou de Auschwitz, pretende embarcar no barco irlandês que está se dirigindo a Gaza para tentar furar o bloqueio israelense. À bordo estão dez ativistas irlandeses, entre eles o prêmio Nobel da Paz Mairead Maguire. Hedy Epstein, de 85 anos, fez greve de fome no final de dezembro de 2009 pela abertura da fronteira de Rafah, entre o Egipto e Gaza, fechada desde meados de 2007 e que só abre ocasionalmente por razões humanitárias, como a autorizada ontem pelo presidente egípcio.
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Atualização 02/06, 22h30: Todos os 634 ativistas desembarcaram em Istambul, Turquia, agora à noite. Entre eles a cineasta brasileira Iara Lee e o jornalista espanhol David Segarra, correspondente da TeleSUR que desmentiu a presença de armas à bordo da Flotilla. Desembarcaram também os corpos dos nove ativistas assassinados e em torno de 50 feridos, que chegaram em aviões hospitais. Jornalistas australianos relatam abusos sofridos.
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Atualização 03/06, 5h45: Confirmados os nove mortos, legistas da Turquia concluíram que todos eram cidadãos turcos e morreram em decorrência de tiros que levaram. Há notícias de que mais dois navios, além do irlandês, partiram com ajuda humanitária em direção à Gaza.
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Mais informações sobre a Flotilla da Liberdade e o bloqueio israelense à Gaza, acompanhe pelo site da TeleSUR.
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31 maio, 2010 at 3:38 AMmaio
Está mais do que claro que o objetivo de Israel é a completa apropriação de todo o território palestino e o extermínio ou dispersão dos árabes residentes nele.
Esse não é um fato que só pôde ser notado agora. Há mais de 60 anos, durante a votação para a criação do Estado de Israel, não obstante toda a pressão feita pelos EUA, a Inglaterra se absteve em voltar porque sabia, depois de décadas ocupando e administrando o território palestino, que criar um Estado para judeus sionistas não seria uma das coisas mais inteligentes a se fazer.
31 maio, 2010 at 3:38 PMmaio
Bruno Maia, sinto muito mas não dá para liberar teu comentário. Diga as mesmas coisas de outra forma (sem palavrões e xingamentos) e eu autorizo. Problema não é com o conteúdo – opinião cada um tem a sua -, é com a forma que o expressas. Ok? Abraço.
1 junho, 2010 at 3:38 PMjun
É incrível como a mídia internacional é tendenciosa. Israel não pode se defender. Deve aceitar calada todos os ataques, caso contrário, é considerada autoritária e “nazista”!! Que vergonha!!
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Eis aqui A verdade sobre o “ataque” de Israel contra os navios da “frota humanitária”. Isso não aparece na TV, nem nos jornais: http://delrei.wordpress.com/2010/06/01/a-verdade-sobre-o-ataque-de-israel-contra-os-navios-da-frota-humanitaria-isso-nao-aparece-na-tv-nem-nos-jornais/
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É muito fácil jogar pedras nos outros. Difícil é ser honesto e fazer alguma coisa de útil pelo seu país e pelo necessitado que está ao seu lado.
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Abraços,
2 junho, 2010 at 3:38 AMjun
Sebastião, tu defendes o atraso, defendes uma piada. Nem vale responder. Suas idéias o denunciam, não precisamos fazer anda que já fazes sozinho. Monarquista! Hahaha! Piada!
4 junho, 2010 at 3:38 PMjun
Sebastião,
Troll e monarquista: bom motivo para ser criança!!!
p.s utilizar o espaço daqui e dacolá pra promover seu blog…cada coisa.
4 junho, 2010 at 3:38 PMjun
[…] como um troll ocupar espaços nos blogs* para defender o ataque covarde de Israel a frota de apoio humanitário à Gaza é coisa […]
5 junho, 2010 at 3:38 PMjun
Êta turma preconceituosa! Depois eu que sou o “troll” e “criancinha”
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Saiba que 70% dos 10 países mais democráticos do mundo são monarquias; 60% dos 10 mais honestos também são monarquias e 60% dos 10 com melhores desenvolvimento humano (saúde, educação, bem estar) também são monarquias. Isso tudo apesar das repúblicas serem maioria esmagadora. Não é coincidência. É resultado.
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Em compensação, os mais corruptos, os mais ditatoriais e os mais atrasados são repúblicas. É estatístico. Aliás, estatísticamente, os melhores sistemas são: 1º lugar disparado: monarquia parlamentarista, 2º lugar: república parlamentarista, Lanterninha: república presidencialista. Todas as ditaduras brasileiras ocorreram no período republicano.
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Eu sou monarquista porque não encontrei sistema político melhor. É o único sistema político que independe da “boa intenção” do chefe de Estado para funcionar como deve. Quanto mais egoísta e mesquinho o rei for, melhor. Qualidades essas que são a perdição para qualquer república (o Brasil é um exemplo). Os dados e referências estão aqui: http://delrei.wordpress.com/2008/12/08/veja-o-porque-defender-a-monarquia-no-brasil/
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Lanço um desafio a você e a todos os republicanos. Descubra um jeito da república funcionar no Brasil sem apelar para utopias como “o bem de todos”, “conscientizar a todos” e todo esse falatório que não produz resultados. Eu não gosto de contos de fada em política. Mas, para quem gosta, recomendo os Irmãos Grimm.
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EU MOSTRO FATOS. VOCÊ SÓ MOSTRA INSULTOS E PRECONCEITOS.
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Criticar os outros e ridicularizar quem pensa diferente sempre é fácil. Difícil é fazer algo de útil pelo seu país e pelo necessitado que está perto.
5 junho, 2010 at 3:38 PMjun
Criança, meu caro, é quem precisa de uma babá ungida por deus (sic) para controlar as vidas dos pobres plebeus. Criança é quem precisa de meia dúzia de imbecis com títulos de nascimento pra fingir de líderes.
10 junho, 2010 at 3:38 PMjun
Esse não é um fato que só pôde ser notado agora. Há mais de 60 anos, durante a votação para a criação do Estado de Israel, não obstante toda a pressão feita pelos EUA, a Inglaterra se absteve em voltar porque sabia, depois de décadas ocupando e administrando o território palestino, que criar um Estado para judeus sionistas não seria uma das coisas mais inteligentes a se fazer.
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